A pandemia de covid-19 fez com que 46% das empresas adotassem o home office em 2020. Em meio à nova realidade de escritórios vazios, uma nova necessidade surgiu para as empresas: repensar o espaço de trabalho. Para cumprir essa tarefa, muitas recorreram aos coworkings e, com esse movimento, fizeram com que as empresas desse setor tivessem resultados excelentes no último ano.
Na GoWork, líder em soluções para escritórios corporativos no Brasil, foi possível “crescer dez anos em doze meses”, nas palavras de Fernando Bottura, fundador e CEO da empresa.
“Não só as empresas de tecnologia, que já eram o nosso nicho, como grandes empresas em mercados variados começaram a buscar o coworking como a solução para o modelo híbrido de trabalho, em que o valor dos espaços colaborativos cresce consideravelmente”, afirmak.
Esse novo modelo, entretanto, não traduz a demanda por espaços de convivência com outras companhias. Em tempos de Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a maior parte da demanda da GoWork está relacionada ao formato Built-to-go, que consiste em locar andares inteiros para uma única empresa. Hoje, mais de 90% dos contratos fechados pela empresa fazem parte desse modelo.
“A GOWORK cresceu dez anos em doze meses, redefinindo o futuro dos espaços de trabalho.”
Fernando Bottura, CEO da GOWORK
A principal vantagem para quem opta por esse tipo de locação está em custos e prazos. “Conseguimos isso porque negociamos com proprietários de edifícios ao mesmo tempo em que conversamos com arquitetos e com fornecedores de TI. Geralmente, empresas fazem essa negociação de forma separada, o que gera mais custos e prazos mais longos”, afirma.
Um caso recente e de destaque dentro da empresa é o contrato firmado com o escritório LBCA Advogados, que tem cerca de 700 colaboradores. De acordo com a GoWork, a empresa conseguiu economizar custos em 40% ao migrar para o coworking.
O prazo médio de locação neste formato é de três a cinco anos. E, caso uma corporação desista dele, a adaptação para rentabilizá-lo é relativamente fácil: basta customizar o espaço e vendê-lo para “o varejo” (empresas que locam de 4 a 20 estações de trabalho). Para ter uma ideia, hoje, a demanda desse perfil de empresas supera em quatro vezes a oferta da empresa.
Como resultado, a ambição é grande: dobrar de tamanho após o período em que a pandemia diminuir no país e a Fase Verde — que permite o pleno funcionamento de atividades — ser decretada em São Paulo, onde a empresa atua. Para isso, a empresa de tecnologia para propriedades deve investir R$ 20 milhões no Brasil, ampliando a operação em 25 mil metros quadrados na capital paulista.