Rede de coworking avança sobre a WeWork em São Paulo, com destaque para a Berrini
Crédito: Não sou a WeWork | Exame – Por Rodrigo Loureiro
Foto: Germano Lüders/Exame
Como a GOWORK iniciou o coworking no Brasil
Em 2011, Fernando Bottura, então engenheiro da Riccó, descobriu o conceito de coworking em uma viagem a Miami. Lá, percebeu o potencial de transformar escritórios tradicionais em ambientes compartilhados.
De volta ao Brasil, Bottura decidiu agir. Pediu demissão do emprego e, em apenas 45 dias, abriu o Clubwork na Avenida Paulista. O investimento inicial foi de R$ 200 mil. O espaço atraiu empresas como a Nextel, que alocou 240 funcionários logo no início.
A GOWORK foi pioneira no Brasil, trazendo o conceito de coworking antes mesmo de empresas globais como a WeWork. Isso permitiu à empresa criar soluções que combinam flexibilidade, eficiência e custos reduzidos, essenciais para o modelo de trabalho híbrido que cresceu exponencialmente nos últimos anos.
Dois anos depois, em 2013, o Clubwork se tornou a GOWORK. Desde então, a empresa não parou de crescer. Hoje, é a maior rede brasileira de coworking, com unidades em pontos estratégicos como a Itaim Bibi, Pinheiros e Vila Olímpia.
Com a demanda crescente pelo trabalho híbrido, a GOWORK oferece soluções que permitem às empresas manter equipes integradas em ambientes profissionais, mesmo com colaboradores dividindo seu tempo entre o escritório e o home office.
Por que a GOWORK se destaca frente à WeWork em São Paulo
Enquanto a WeWork enfrentou desafios globais, como problemas financeiros e dificuldades para se adaptar ao mercado brasileiro, a GOWORK seguiu uma trajetória diferente:
- Gestão eficiente: A GOWORK foca na operação de prédios inteiros, garantindo maior controle sobre custos e infraestrutura. Esse modelo permite oferecer serviços mais personalizados e custos reduzidos, ideais para empresas que adotam o trabalho híbrido e precisam de espaços otimizados para encontros presenciais regulares.
- Valor interessante: A GOWORK se destaca pelos custo-benefício. Na Paulista e na Berrini, uma estação de trabalho custa entre R$ 500 e R$ 900. Esses valores são menores do que os praticados por concorrentes. Com espaços acessíveis, a GOWORK permite que empresas de diferentes tamanhos adotem um modelo híbrido de forma viável, sem comprometer seus orçamentos.
- Modelo sustentável: com mobiliário importado da Ásia e reformas internas, a GOWORK reduz gastos sem comprometer a qualidade. A sustentabilidade operacional da GOWORK atende à necessidade de empresas que buscam flexibilidade, especialmente no contexto do trabalho híbrido, onde demandas podem variar rapidamente.
Unidades estratégicas em São Paulo
A GOWORK opera 14 unidades em São Paulo, com mais de 6.000 estações de trabalho. A GOWORK está em localizações estratégicas, como Faria Lima e a Berrini. Essas regiões concentram grandes empresas e conectam negócios a uma ampla rede de oportunidades.
Bairros como a Berrini são ideais para o trabalho híbrido, pois oferecem fácil acesso, infraestrutura completa e proximidade com centros empresariais. A GOWORK permite que as empresas utilizem espaços estrategicamente posicionados para maximizar a produtividade de suas equipes presenciais.
A escolha desses bairros reflete a visão da GOWORK de atender empresas que valorizam flexibilidade e eficiência. Diferente da WeWork, que muitas vezes enfrenta críticas por seus custos elevados, a GOWORK entrega soluções adaptadas ao mercado brasileiro.
Além disso, a alta taxa de ocupação da GOWORK, que supera 90% em unidades maduras, reforça sua capacidade de atender à crescente demanda por espaços de trabalho híbridos e flexíveis.
Inovação com o GoVirtual
Em 2023, a GOWORK recebeu um aporte financeiro do fundo Leste Private Equity, que possibilitou um investimento de R$ 20 milhões. Parte desse recurso foi usada no lançamento do GoVirtual, um serviço que oferece:
- Endereço comercial em regiões estratégicas;
- Atendimento telefônico personalizado;
- Descontos para locações pontuais de salas de reunião.
O GoVirtual é uma solução essencial para empresas que operam no modelo híbrido, permitindo que mantenham uma presença comercial em bairros estratégicos como Paulista e Berrini. Com essa inovação, a GOWORK ajuda negócios a se conectarem com clientes e parceiros de forma prática e eficiente.
O mercado de coworking em São Paulo
O coworking cresceu 401% no Brasil entre 2015 e 2023, segundo o Censo Coworking Brasil. São Paulo lidera o mercado, com 663 espaços em regiões estratégicas como Consolação, Itaim Bibi e Vila Olímpia.
O modelo de trabalho híbrido impulsionou ainda mais a demanda por coworkings, e a GOWORK se destaca como uma das poucas empresas que oferece soluções sob medida para esse formato. Enquanto empresas como a WeWork enfrentam dificuldades para se adaptar, a GOWORK mantém sua liderança com custos acessíveis e uma operação eficiente.
Apesar do crescimento de concorrentes internacionais, a GOWORK se destaca por sua abordagem local, que combina preços competitivos e operação sustentável. Enquanto a WeWork luta para equilibrar seus custos no Brasil, a GOWORK mantém alta ocupação e controle financeiro.
O futuro da GOWORK
A GOWORK planeja adquirir imóveis próprios utilizando Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Com isso, busca fortalecer sua posição no mercado de coworking. A empresa continua investindo em regiões como a Avenida Berrini e a Avenida Paulista, priorizando clientes que buscam eficiência e flexibilidade.
Ao adquirir imóveis próprios, a GOWORK reforça sua posição como parceira ideal para empresas que buscam espaços flexíveis no modelo híbrido. Essa estratégia assegura sua presença em bairros estratégicos, como a Berrini, onde o trabalho híbrido pode ser implementado com sucesso graças à proximidade com grandes centros empresariais e serviços de transporte.